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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Protocolo: PCR

"Reacção em cadeia da polimerase (em inglês Polymerase Chain Reaction - PCR) é um método de amplificação (de criação de múltiplas cópias) de DNA (ácido desoxirribonucleico) sem o uso de um organismo vivo, por exemplo, Escherichia coli (bactéria) ou leveduras."

O processo consiste basicamente em abrir a fita de DNA, adicionar bases para formar uma fita complementar a cada um dos lados da fita aberta, formando 2 fitas a cada ciclo. Esse processo é repetido quantas vezes necessário, tendo a cada ciclo duas vezes mais fitas que o anterior.


PROTOCOLO BASICO:

                          Volume(µL)
H2O:                11,75
Tampão:             2
MgCl2:              1,8
dNTP:               0,2
Primer F:           0,5
Primer R:           0,5
Taq:                  0,25
DNA:               3

Obs: Ordem de menor preço para maior preço

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Resumo: Aconselhamento Genético e Diagnóstico Pré-natal

Aconselhamento genético:

Conjuntos procedimentos → informar e orientar indivíduos em relação → ocorrência ou risco → doença genética.

Objetivos:

1. Fornecer diagnóstico médico e implicações → tratamento (se possível);
2. Risco de recorrência → descendentes e outros parentes;

Diminuir angustia e sofrimento → causados por doença genética → ajuda tomar decisões racionais;

Reduzir ansiedade sentimento de culpa dos pais.
Aconselhamento pode ser: prospectivo e retrospectivo.

Prospectivo: previne → doença genética na família → fornecimento risco teórico.
Exemplos:
1. Casais risco → prole afetada → idade avançada,
2. Mães expostas agentes teratogênicos,
3. Identificação → heterozigotos,
4.Casamentos consanguineos.
Aconselhamento retrospectivo → existe afetados na família.

Exemplos → Mulher filha de hemofílico → chance filho ser hemofílico;
Casal primogênito → anencefalia →
chance outro filho afetado.


Etiologia e investigação das doenças genéticas:

Suspeita-se alterações cromossômicas → malformações congênitas múltiplas, deficiência mental, amenorréia primária, abortos múltiplos e esterilidade.
Averiguação doenças cromossômicas → inicialmente → cromatina sexual, triagem possíveis alterações cromossomos sexuais.
Casos genitália ambigua → sexo cromossômico.
Investigação doenças monogênicas e multifatoriais:
Análise do heredograma da família,
Consulta bibliografia




Triagem doenças genéticas:
1. Detecção precoce indivíduos afetados → teste do pezinho → fenilcetúria, galactosemia e outros erros metabólicos → tratados com dieta alimentar restritiva ou substitutiva;
  1. Identificação indivíduos → risco transmitir doenças genéticas → triagem heterozigotos

Diagnóstico Pré-natal:

Objetivo → obter informações → sobre feto → caso de risco → nascer criança anormal.


Principais métodos diagnóstico pré-natal → doenças genéticas e defeitos congênitos:
1. Alfa-fetoproteína → alfa-1-globulina → saco vitelino e fígado fetal → níveis alterados líquido amniótico e soro materno → defeito tubo neural e outras anomalias;
2. Teste triplo ou triplo marcador → três marcadores bioquímicos → soro materno → alfa-feto-proteína, estriol-não conjugante e gonadotrofina coriônica humana → risco aproximado de alterações cromossômicas → dois primeiros marcadores níveis reduzidos e último elevado;
3. Ultra-sonografia → orientar coleta de material e detecção anomalias anatômicas
4. Amniocentese → 16a semana → utiliza líquido amniótico → células presentes → cultura → análise citogenética e testes bioquímicos específicos;
5. Análise DNA diagnóstico pré-natal

Resumo: Imunogenética

Genes de anticorpos compostos de segmentos.
Cada segmento tem várias cópias → uma difere pouco da outra.
Maturação do linfócito → segmentos unidos → criar gene da imunoglobulina.

Cópia cada segmento usado → aleatória → com várias cópias de cada segmento → várias combinações possíveis.
\




Consideremos montagem dos anticorpos → cadeias leves de imunoglobulinas.

Cadeias kappa e lambda → codificadas genes em diferentes cromossomos.

Cada gene → três segmentos 1. V → variávies
2. J → junção
3. C→ constante

Segmentos V → codificam maior parte região variável das cadeias leves

Segmentos C → região constante da cadeia.

Segmento J → codificam trecho curto de nucleotídeos → unem segmentos V e C.

Gene humano → kappa na linhagem germinativa:
30 a 35 diferentes genes segmentos V,
B. 5 genes diferentes J,
  1. Único gene segmento C.



Após ter ocorrido recombinação somática → gene recombinado V-J-C é transcrito e processado.

mRNA traduzido em cadeia leve funcional.

Assim célula humana B produz único tipo de cadeia kappa leve.


Gene que codifica cadeia lambda leve → organizado de maneira semelhante:

29 a 33 segmento gene V,
B. 4 ou 5 genes V e C.

Recombinação somática ocorre entre os segmentos de modo igual que nos segmento kappa.





Gene codifica cadeia pesada imunoglobulina → segmentos V, J e C, mas também segmentos D → para diversidade.
Recombinação somática → maturação do linfócito → une segmento gênico D ao segmento J e um segmento V é unido ao segmento combinado D-J.
A recombinação somática → proteínas RAG1 e RAG2→ geram quebras bifilamentares em sequências específicas de nucleotídeos → sequências de sinal de recombinação flanqueadoras dos segmentos gênicos V, D, J e C.

Proteínas de reparo do DNA → processam e unem as pontas de determinados segmentos.


outros mecanismos aumentam a diversidade dos anticorpos:
1o Cada tipo de cadeia leve combina-se com cada tipo de cadeia pesada,
2o Processo de recombinação que une segmentos V, J, D e C na célula B é impreciso → alguns nucleotídeos aleatórios são perdidos ou ganhos nas junções.
Esta diversidade juncional → acentua variação entre anticorpos.
3o alta taxa de mutação → hipermutação somática → característica dos genes de imunoglobulina.

Diversidade dos receptores de células T.

Cada célula especificidade genética para tipo de antígeno mediada pelos receptores da célula.
Receptores de célula T → estruturalmente semelhantes a imunoglobulinas → cadeia polipeptídica alfa e beta unidas por ponte dissulfeto

Cada cadeia do receptor de célula possui região constante e região variável.
Regiões variáveis das duas cadeias dão o sítio de ligação com o antígeno.

Genes cadeias alfa e beta → feito de segmentos que sofrem recombinação somática antes do gene ser transcrito.
Cadeia beta → é igual cadeia alfa mas contém segmento D
Ocorrem combinações aleatórias de cadeias alfa e beta e diversidade juncional.



Genes do Complexo Principal de Histocompatibilidade.
Tecidos enxertados são detectados e atacados pelas células T.

Antígenos que provocam rejeição do enxerto → antígenos de histocompatibilidade → grupo de genes → Complexo Principal de Histocompatibilidade
Tecidos enxertados são detectados e atacados pelas células T.

Antígenos que provocam rejeição do enxerto → antígenos de histocompatibilidade → grupo de genes → Complexo Principal de Histocompatibilidade
\Genes MHC → mais variáveis conhecidos → mais de 100 alelos para alguns loci de MHC.
Cada pessoa possui cinco ou mais loci de MHC → não existe duas pessoas com o mesmo conjunto de antígeno de histocompatibilidade.
Variação nos antígenos de histocompatibilidade → identidade única para nossas células → sistema imune distingue o próprio do não próprio




Genes e Transplantes de Orgãos
Rejeição ao tecido transplantado pode ser parcialmente inibida → drogas → interferem na imunidade celular.
Porém este tratamento → inibe combate a patógenos comuns → transplantado morre de infecção.

Outra opção controlar a reação imune → ajuste entre o doador e receptor → maximizando as semelhança genéticas.

Gravidade rejeição imune → depende do número de antígenos de MHC não- correspondentes nas células do tecido transplantado.
Antígenos do grupo sanguíneo ABO → provocam forte reação imune.
Doador ideal → gêmeo idêntico.

Próximo melhor doador → irmão com o mesmo antígeno de MHC e ABO.

Doador da população → feita tentativa de compatibilidade de tantos antígenos possíveis de MHC entre doador e receptor
O sucesso a longo prazo do transplante → depende da proximidade da compatibilidade.

Resumo: Genética do cancer

Doenças genéticas de células somáticas → mutações genes → alteração multiplicação celular.
Todo cancer → mutações DNA
Células normais → regulação precisa crescimento.

Células podem escapar → mecanismo controle do crescimento → dividem-se descontroladamente.
Tumor pode ser → benigmo ou maligno.

Benigmo → autolimitante → não disseminam tecidos adjacente, não formam metástase.
Maligno → crescimento ilimitado → dissiminam-se tecidos vizinhos por metástase.

Características das células cancerosas:

A. Multiplicação descontrolada;
B. Alterações morfológicas → mais arrendodadas → possivelmente por → menos adesivas células normais circundantes e → membrama celular mais fluida → fluxo diferentes substâncias;
C. Perda inibição por contato;

D. Perda da afinidade celular específica → adesão
preferencial células com características
semelhantes;

E. Propriedade imunológicas diferentes → presença
antígeno tumorais na membrana celular;
F. Desdiferenciação → menos especializadas
G. Invasibilidade → estruturas capacitam invadir
espaço disponível;
H. Maior e rápida capacidade captar glicose que
células normais;
I.Utilização metabolismo anaeróbico → grande quantidade ácido lático;
J. Citoplasma indiferenciado → organelas maldesenvolvidas, mudanças degenerativas frequentes

Origem
monoclonal.

Aspectos genéticos:

A. Alguns tipos (raros)
B. Predisposição familiar ao câncer
C. Associação vários tipos de câncer e aberrações cromossômicas;
E. Fatores genéticos → maior importância → câncer precoce e doença bilateral que → pacientes câncer unilateral e surgimento tardio;
F. Vários fatores ambientais predispõe ao câncer → radiações, vírus, substâncias químicas


Desenvolvimento do Câncer:
Duas classes de genes → proto-oncogenes e genes supressores de tumor.
Proto-oncogenes regulam→ crescimento celular e diferenciação normal.
Supressores de tumor → regulam crescimento anormal inibindo-o.

Oncogenes:

Proto-oncogenes ativados

Mecanismos de Ativação dos proto-oncogenes:

1.Mutação pontual:
Proto-oncogene ras → única mutação GGC → GTC
Mutações proto-oncogenes → induzidas agentes carcinogênicos físicos ou químicos;
2. Amplificação gênica:

Aumento cópia proto-oncogenes → 50-100 vezes → superexpressão produtos.
3. Translocação cromossômica :
Superexpressão proto-oncogene ou formação gene quimérico → oncogene myc

Cromossomo Philadelfia → translocação com fusão do proto-oncogene abl localizado cromossomo 9q34 com gene bcr localizado cromossomo 22q11.

  1. Ativação retroviral :
Transcriptase reversa RNA → DNA → célula hospedeira

Retrovirus adquirem oncogene célula hospedeira → transfere novo hospedeiro

Ex. Oncogene sis


Genes supressores de tumor :

Reprimir divisão celular → controle da mesma.

Função perdida ou alterada → deleção ou mutação de ponto.

Perda proteínas supressoras → desregula crescimento celular → formação tumores.


Sistema de defesa do organismo humano:
  1. Sistema íntegro de reparo do DNA: genes controlam replicação do DNA → reparo deficiente DNA → instabilidade genômica → mutações, quebras cromossômicas e aneuploidias → compromete ciclo celular → formação tumores.
2. Sistema imunológico íntegro:
Célula T auxiliares →atacam células cancerosas.
Célula T citotóxica → perforina → perfura membrana célula cancerosa.


3. Ausência de telomerase e encurtamento telômeros divisão celular;
Número de divisão limitado tamanho telomero → encurta cada divisão.

Células somáticas normais → ausência telomerase.
Células cancerosas → telomerase substitue o telomero em cada divisão.

  1. Apoptose: tumores → surge célula anormal que escapa do programa de apoptose.



Resumo: Erros Inatos do Metabolismo e Farmacogenética

Erros Metabólicos Hereditários → distúrbios bioquímicos determinados geneticamente → defeito enzima → bloqueio metabólico → doença
Distúrbios metabólicos são:

1. doenças metabólicas são congênitas ou surgem cedo na vida,
2. Tendem aparecer nos irmãos mas não nos genitores,

3. Ocorre em famílias com consaguinidade,

4. Não estão sujeitos a grandes flutuações quanto à sua gravidade,

5. Decorrentes de alterações enzimáticas.
maioria herança autossômica recessiva, alguns são recessivos ligados ao cromossomo X e raros autossômicos dominantes.
Quando proteína não é enzima → receptores ou
proteínas estruturais → padrão herança
dominante
\Ausência do produto Final:

Acarreta:

A. Produto final pode ser substrato → reação
subsequente → não se realiza,

B. Mecanismo controle tipo inibição retroativa →
prejudicado.
Substrato acumulado → prejudicial.
Galactosemia → Autossômica recessiva → deficiência enzima galactose-1-fosfato uridiltransferase → converte galactose-1-fosfato em glicose-1-fosfato.
Galactose acumula → fígado, cerebro e rins

2ª semana de vida → vômitos, diarréias, desidratação, icterícia, desnutrição e retardo desenvolvimento
Fenilcetúria → enzima deficiênte hidroxilase da fenilalanina → fígado → fenilalanina em tirosina.

Fenilalanina → sangue degradada via secundária → ácidos fenilpirúvico, fenilático e fenilacético → podem ser tóxicos
Bloqueio enzimático → deficiência tirosina e redução formação melanina.

Crianças normais ao nascerem → progressivamente deficientes (QI ≤20), hiperativas, irritáveis, podendo ser convulsivas.

Diagnóstico → teste do pezinho



Hipercolesterolemia hereditária
Níves elevados de colesterol → níveis elevados de LDL (lipoproteína de baixa densidade) → deficiência receptores para LDL no fígado
Gene receptores para LDL → 18 éxons → 150 mutações
Heterozigotos → riscos aumentado de cardiopatias isquêmicas precoce → colesterol forma placas paredes internas das artérias.

50% homens heterozigotos → ataque coronário em homens em torno 55 anos de idade
Mulheres → manifestações clínicas 10 a 15 anos mais tarde.
Homozigotos raros → níveis sanguineos 600-1200mg/dL de colesterol → infarto na infância → falecem na segunda ou terceira década → doença arterial coronária aterosclerótica.

Heterozigotos → 1 a 500 indivíduos caucasóides



Fibrose Cística
Distúrbio autossômico recessivo mais comum crianças caucasianas.
Pacientes tem aumento concentrações de Na+ e Cl- no suor.

Doença pulmonar obstrutiva crônica → secreções espessas e infecções recorrentes.
Deficiência de enzimas pancreáticas → lipase, tripsina, quimotripsina.

Morte resulta insuficiência pulmonar e infecções → metade dos pacientes sobrevive até os 26 anos





Farmacogenética: cerca 50% sistemas enzimáticos → polimórficos → diversidade fenotípica → reações farmacológicas.

Variantes enzimáticas → diferem entre populações

Farmacogenômica: Estudo → funções e interações → genes determinam respostas → drogas.

Envolve desenvolvimento → novas drogas → com mínimo efeitos adversos.
Estudo diferenças hereditárias → suscetibilidade → ação agentes físicos, químicos e infecciosos → ecogenética.

Identificação pessoas → suscetíveis mutagênicos e/ou carcinogênicos ambientais → expostas por profissão ou acidente.
Atualmente → estudo suscetibilidade contaminantes ou poluentes ambientais → toxicogenômica.

Exemplos de distúrbios farmacogenéticos:

1. N-acetiltransferase e inativação lenta isoniazida:

Várias drogas acetiladas no fígado
Concentração isoniazida → plasma seis horas após administração → distribuição bimodal → dois grupos → inativadores rápidos e lentos
Inativadores lentos → droga acumula-se sangue → polineurite → inflamação nervosa causa fraqueza e dores musculares nos membros, pertubações sensoriais.
Risco cancer bexiga → inativadores lentos → 30%.


Deficiência de α1-antitripsina:

α1-antitripsina normal → Mecanismo de defesa proteases → degradam proteinas que devem ser eliminadas.

Inibidores das proteases → impede de atacar células normais.
Elastase leucocitária → não-inibida → destrói proteínas do tecido conjuntivo pulmonar → lesão alvéolos pulmonar e enfisema.

Lócus α1-antitripsina → braço longo cromossomo 14 → Pi (inibidor de protease) → série alelos co-dominantes → dezenas variantes enzimáticas.
Deficiência Glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD):

Gene recessivo ligado ao cromossomo X → deficiência G6PD na hemácea → sensível certas drogas e alimentos → provoca crises hemolíticas, icterícea, dores lombares e abdominais, fraqueza, urina escura, diminuição número hemáceas, aumento reticulócitos .
Várias drogas como ácido ascórbico, naftalina, primaquina, vitamina K1 e outras, provocam crise hemolíticas.

Deficiência de butirilcolinesterase e sensibilidade à succinilcolina:

Butirilcolinesterase → degrada succinilcolina ou suxametônio → relaxante muscular → período pré-operatório → causa paralisia músculos estriados → um a dois minutos.
Enzima não tem atividade normal → paralisia prolongada com apnéia por meia hora ou mais.

Causa → sistema de alelos múltiplos co-dominantes → lócus BCHE → braço longo cromossomo 3.
Baixo nível de butirilcolinesterase → compatível desenvolvimento normal → problemas → administração succinilcolina ou drogas afins.